A informação foi confirmada pelo Ministério da Saúde e acende o sinal vermelho com relação aos riscos e formas de contágio do Coronavírus. O paciente, um homem, de 61 anos, voltou de uma viagem na Itália, onde o número de infectados tem subido e mais de 10 mortes registradas.
Em Recife, uma mulher, de 51 anos, que também retornou da Itália, desembarcou no aeroporto e foi direto para o hospital com suspeita de contágio. O Ministério da Saúde investiga 20 casos suspeitos, 11 somente no estado de São Paulo.
Para a infectologista, Mariela Cometki, a confirmação deste paciente em São Paulo e os casos suspeitos no nordeste vão “requerer das autoridades em saúde uma mudança na estratégia de prevenção da doença. Fornecer informações a população é o primeiro passo”. Ainda segundo Mariela, é importante que não se crie um cenário de pânico, “afinal, o Brasil já conviveu com outras doenças respiratórias graves, como H1N1, o que de certa forma, serve como experiência”, conclui.
A infectologista faz uma alerta para que os cuidados para evitar o contágio devam fazer parte da rotina, evitando assim, infecção por qualquer outro tipo de vírus. “Lenço umedecido, toalha de papel e álcool gel não fazem mal a ninguém”, o ideal é higienizar as mãos sempre que tocar em maçanetas ou usar sanitários públicos. A médica destaca também, algo que ela chama de ‘etiqueta da tosse’. “Sempre que tossir ou espirrar, coloque o braço na frente ou use uma toalha de papel”, explica.
ORIENTAÇÕES EM CASOS DE SUSPEITAS
Permaneça em isolamento domiciliar voluntario por 14 dias
Mantenha distância dos demais familiares
Mantenha o ambiente de sua casa com ventilação natural
Utilize máscara cirúrgica descartável e troque quando estiver úmida
Não frequente locais públicos
Ao tossir ou espirrar cubra boca e nariz com lenço descartável
Higienize as mãos com agua, sabonete e álcool em gel
Não compartilhe objetos como copos e toalhas
CORONAVÍRUS
A doença foi descoberta na década de 60, mas reapareceu na China no fim do ano passado e já matou mais de 2.700 pessoas. O vírus se espalhou pelo mundo, com registro de casos nos Estados Unidos, França, Canadá, Emirados Árabes, Brasil e outros países asiáticos.
Ainda não se sabe como aconteceu a primeira transmissão em humanos, mas existe a suspeita de que foi por algum animal silvestre, porém a forma que ele transmitiu a doença ainda é desconhecida.
Os sintomas do coronavírus lembram o de uma gripe ou resfriado: febre, tosse, dificuldade para respirar. Nos casos mais graves, são apresentados quadros de pneumonia, insuficiência renal e até síndrome respiratória aguda grave.